Os três reinos
Fonte: Haja Luz. Porto Alegre: Ponte para a Liberdade, 2002.
Após a criação da Terra, que é de requintada beleza, foi-lhe acrescentado, cuidadosamente, o reino da Natureza e seus Superiores. A Bem-Amada Virgo (espírito da Terra), Amarylis (espírito da primavera) e o Bem-Amado Maha Chohan que representa o Espírito Santo (para este planeta), trouxeram com toda a perfeição, delicadas flores, árvores e arbustos. O poderoso Netuno trouxe as águas cristalinas; a Bem-Amada Áries, o ar para a respiração dos filhos da Terra. Como guardiões das virtudes divinas vieram os anjos. O Plano Divino para estes três reinos – o dos seres elementais, o dos anjos e o reino humano – é o seguinte: COOPERAÇÃO MÚTUA, para que cada reino, separadamente, alcance maior evolução, elevando-se até a máxima perfeição. Os seres elementais foram criados para servir a humanidade, de acordo com seus predicados: as Salamandras, por meio do fogo; as Ondinas, por intermédio da água; as Sílfides, em função do ar e os Gnomos servindo-se da terra.
Através de grandes esforços e sob o aproveitamento de suas energias de vida, estes pequenos seres preparam os corpos dos homens, zelam pela água e pelo alimento que põem à disposição da humanidade com abundância. Eles providenciam o ar, para que as criaturas de Deus possam respirar e dão-lhes tudo o que é necessário, para que elas possam viver, aqui, na Terra. O Plano Divino diz o seguinte: Estes seres devem servir à humanidade por amor, e a humanidade deve, por gratidão, amá-los e abençoá-los! Intervenções destruidoras junto à Natureza, que se apresentam na forma de furacões, terremotos e outras catástrofes são causadas pelos pensamentos e sentimentos negativos dos humanos. São, em verdade, somente tentativas dos seres elementais, que tentam SACUDIR as desarmonias acumuladas pela humanidade, durante milhares de anos.
DESENVOLVIMENTO DE UM SER ELEMENTAL
Os resíduos que são jogados na água, assim como no ar, e toda energia impura, criada pelos humanos, não só exerce sua influência sobre estes, como também sobre o reino elemental. Sábio é o homem que age e se esforça em aplicar a verdade no seu mundo, oferecendo, também, amorosamente, sua amizade e gratidão, bênção e amor para aqueles incansáveis e desprendidos seres da Natureza. Uma das atividades do Bem-Amado Mestre Saint Germain é unir, novamente, em estreita relação, estes três reinos e movimentá-los em harmonia, para o proveito e amparo de todos os seres que empregam seus esforços para a liberdade da Terra.
Agora, no final de um ciclo, os Mestres Ascensionados e os Seres Cósmicos aproximam-se, novamente, para provocar um diálogo com os humanos. Isto não só acontece para manter um entretenimento com o intelecto ou para tranqüilizar os sentimentos, mas para instruir a vós, Pastores capacitados para conduzir a humanidade, a fim de que sejais conscientes do Plano Divino estabelecido para a nova Era da Liberdade. O Bem-Amado Mestre Ascensionado Saint Germain irá unir, em maravilhosa e estreita cooperação, os reinos dos anjos e dos elementais, a fim de dar à Terra a sua perfeição original.
O modelo eletrônico do Mestre Ascensionado Saint Germain é a CRUZ DE MALTA DA LIBERDADE. A viga vertical indica ascensão às esferas espirituais, atraindo as forças do Fogo Sagrado, através de Seu corpo, à Terra onde ela é ancorada para a salvação do planeta e Seu povo. A viga horizontal representa seus braços estendidos e significa a união dos reinos dos anjos e elementais com a evolução humana, em maravilhosa harmonia no trabalho mútuo. O reino elemental age em direção ascendente, começando pela menor das inteligências até aos construtores das formas, que criam os corpos dos humanos, alcançando os degraus da Natureza. São eles que constroem montanhas e cidades e, finalmente, atingem a dignidade de um Elohim ou tornam-se Veladores Silenciosos de um planeta, de um sistema solar ou de uma galáxia.
O Poderoso Maha Chohan trabalha em estreita colaboração com os seres elementais. É Ele quem instrui estes pequenos seres até que estejam aptos a construírem as formas. Em Seu Templo, na terceira esfera, eles recebem os ensinamentos, enquanto observam um modelo, que talvez represente uma minúscula flor, uma gota de sereno ou flocos de neve. O construtor de uma forma, que ao mesmo tempo é o guardião do Templo, objetiva um modelo e o deixa flutuar na atmosfera, à vista de seus discípulos. Estes esforçam-se em obter a mesma forma, corporificando-a. Experimentam imitá-la na cor, no molde e no desenho. No princípio, não são capazes de sustentar a forma por mais de um segundo ou, no máximo, dois segundos, mas continuam sendo instruídos. Finalmente, após várias experiências, conseguem, realmente, corporificar a forma. Talvez ela represente a flor da maçã.
Após o êxito dessas repetidas experiências, o instrutor daquele Templo põe-se em contato com os Devas da Natureza para participar-lhes que dispõe de um grupo de elementais já aptos ou capazes de corporificar as flores da macieira, no pomar que lhes for determinado. Tudo isto soa tão fácil... no entanto, são necessários anos de esforço e controle, não só aos seres elementais como, também, ao instrutor. Mas, enfim, chegam a tanto que surge uma delicada primavera vestida de flores brancas e rosadas.
Flores de macieira exalam um odor e os homens caminham sob as floridas árvores, deleitando-se e aspirando o seu delicado perfume. O agricultor espera, no outono, uma bela colheita; as abelhas estão contentes e sorvem diligentemente o néctar das flores. Também está feliz o ser elemental, pois ele cumpriu sua tarefa! Ao terminar o curto período da primavera, as flores desfolham e o invisível obreiro retorna ao seu lar, para receber novas tarefas. Seres elementais são seres mentais (el-e-mental quer dizer: espírito divino)!
DESENVOLVIMENTO DE UM ANJO
Os anjos desenvolvem-se através de irradiações. Por meio de controle das energias disponíveis, aprendem como chegar a ser um querubim, serafim, arcanjo ou outros seres elevados que zelam e protegem os sistemas planetários, galáxias e o próprio Universo. O Arcanjo Jofiel trabalha em Seu Templo, auxiliando o reino dos anjos, assim como o Chohan do terceiro Raio auxilia o Maha Chohan no reino elemental.
Os pequenos anjos são instruídos para atrair sobre si as irradiações e aprendem como devem emitir um sentimento. O Deva ou o instrutor encarregado irradia, por exemplo, um sentimento de fé. A cor e a força desta qualidade surgem em seu corpo e, momentaneamente, aparecem no mundo dos sentidos dos pequenos anjos, que se alegram e absorvem esta qualidade e virtude. E com isto são felizes! Quando se tornam adultos, tentam afastar-se a uma pequena distância do Templo.
Então as qualidades e virtudes que absorveram fluem de seus corpos, sem entrave ou controle e formam pequeníssimas centelhas de luz da cor e qualidade de determinado sentimento. Quando já aprenderam a manter esta virtude por mais tempo, então eles são apresentados a um Deva ou a outro instrutor do reino dos anjos, para descer com eles às esferas mais densas da atmosfera da Terra. É-lhes exigido MANTER EM SI as qualidades (fé ou outra virtude) até que o anjo acompanhante chame sua atenção para alguma emanação de vida, sobre a Terra, que urgentemente necessite a qualidade conduzida pelos pequenos anjos. As pessoas que apelarem por uma ou determinadas virtudes são assistidas pelos anjos que fazem fluir de si as vibrações correspondentes às qualidades requeridas. Quase sempre são aptos a manter esta irradiação; mas também acontece que, às vezes, não conseguem realizar a contento, pois ainda estão em aprendizado. Achando-se suficientemente preparados, capazes de executar esta tarefa, serão, talvez, enviados à atmosfera de uma cidade, onde a Veladora Silenciosa, possivelmente, queira incumbi-los de assistir uma mãe que está vigiando seu filho doente. Nesse caso, são dadas instruções aos pequenos anjos para irradiarem a qualidade da fé no mundo dos sentimentos da mãe. É assim que o anjo preenche a finalidade para a qual foi criado.
A fé inerente aos pequenos anjos é um presente à humanidade e o homem sente, momentaneamente, a sua presença, como uma onda de nova esperança e confiança, embora não veja nem ouça os pequenos visitantes celestes. Os anjos voltam, a seguir, à aura de seu protetor: ao sol ou ao Templo de onde vieram. Desta maneira, os anjinhos crescem e desenvolvem-se, até conseguirem aumentar os seus poderes do controle da energia. Então, são-lhes confiados um lar, uma igreja, uma casa de saúde ou outras instituições. Permanecem nestes locais, atraindo as forças divinas, para abençoar os seus protegidos e colhendo as energias vibratórias que foram irradiadas através de apelos e preces da humanidade.
O reino dos anjos dedica-se, em primeiro lugar, a transmitir os dons divinos. Todos os anjos são externamente individuais. Se forem indicados para trazerem a fé, então esta qualidade preencherá totalmente as suas consciências. Eles são a obediência personificada; realizam as suas tarefas e retornam aos seus lares! As coortes de anjos expandem, também, as virtudes existentes nos homens. Como já é conhecido, estes serviços, no momento, não são muito grandes. Mas, através do poderoso auxílio que os discípulos prestam aos humanos, é de se esperar que as virtudes ocultas sejam despertadas, para abençoar a humanidade.
Seres elementais, anjos das cerimônias e das formas construtoras cooperam, ininterruptamente, em cada instrução e em cada reunião, para o erguimento de um edifício espiritual. Já é tempo de os homens reconhecerem este maravilhoso serviço e darem aos reinos elemental e dos anjos o seu reconhecimento, o seu amor a todos os seres que prestam, constantemente, serviços à humanidade. Sem o reino elemental não haveria, sequer, uma única forma! Sem o reino dos anjos, a humanidade não poderia receber as bênçãos de Deus.
O HOMEM EM RELAÇÃO A ESTES DOIS REINOS
No próprio homem reside o reino dos espíritos, onde os seres elementais, que correspondem ao pensamento tomam forma e mantêm-se em seu espírito. No homem, também, reside o mundo do sentimento, o reino dos anjos, no qual eles reagem, multiplicando cada virtude, cada menor vislumbre de esperança, cada pulsação de pureza, de paz, de amor, de bondade e tudo que é animado pelos sentimentos. O espírito representa o centro magnético para o reino dos elementais, enquanto o mundo dos sentimentos representa o centro magnético para os anjos. O homem será MESTRE quando souber unir, conscientemente, estes dois reinos por meio do controle de energia de seus sentimentos e domínio consciente do pensamento. A palavra “PONTE” entre estes dois reinos tem considerável significado. Os demais reinos (por conseguinte, também o reino humano) estarão unidos por meio de apelos, serviços divinos, desenvolvimento espiritual e divina Bem-aventurança, por toda a eternidade.
O reino elemental deve aprender a controlar a energia por meio do pensamento, o que quer dizer: manter um modelo ou um plano construtivo, para que toda a humanidade possa alegrar-se na perfeição do Templo da Natureza. O reino dos anjos deverá, por sua vez, aprender o controle do sentimento, para poder manter uma determinada virtude até o momento de ser enviada a um necessitado. O homem deverá dominar os dois (pensamento e sentimento) para poder ser um MESTRE!
Se fosse possível colocar um ser elemental, uma pessoa e um anjo, perante uma taça, então as consciências de cada um destes seres manifestar-se-iam de formas diferentes. O Ser elemental iria lembrar seu pequenos amigos, ao ver a matéria ou substância que eles próprios haviam formado; divisaria os rostinhos brilhantes de pequeníssimos corpos. O homem examinaria e julgaria a taça pela sua aparência, fisicamente: se de cristal, porcelana, prata, etc. Apenas quanto à sua qualidade ou constituição material. O anjo veria as forças do Fogo Sagrado que foram magnetizadas por meio de “mantras”, afirmações e apelos, os quais, em determinadas ocasiões, fluem do interior das taças. Portanto, vós podereis ver, neste exemplo, que é necessária a atividade dos três reinos, para se conseguir uma manifestação perfeita, neste mundo das formas.
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